O compositor favorito de Hitler era Richard Wagner, um músico alemão que viveu no século XIX e é considerado um dos maiores expoentes do romantismo musical. Ele foi responsável por obras grandiosas como as óperas Tristão e Isolda e O Anel do Nibelungo.

No entanto, a admiração de Hitler por Wagner ultrapassou os limites da apreciação musical. Ele enxergava o compositor como um símbolo da cultura alemã, que deveria ser preservada e valorizada em detrimento de outras formas de arte e cultura.

Além disso, Wagner teve uma forte influência sobre as ideias e ideologia nazista. Suas obras abordavam temas como a mitologia germânica, a superioridade da raça ariana e a necessidade de resgatar a identidade cultural alemã.

Durante a Segunda Guerra Mundial, a música foi utilizada como ferramenta política pelos nazistas. O regime promoveu a ideia de que a cultura alemã era superior à de outros povos e usou a música para difundir essa mensagem. As obras de Wagner foram bastante difundidas nesse contexto.

No entanto, a escolha musical de Hitler sempre foi controversa e levantou debates acalorados. Por um lado, há quem defenda que a admiração do ditador por Wagner não deveria ser vista como um problema, já que se tratava apenas de uma preferência musical. Por outro lado, muitos apontam que a relação entre arte e política nesse caso é clara e que a escolha musical do líder alemão fazia parte de uma ideologia que causou danos irreparáveis à humanidade.

O fato é que a história nos mostra que a arte e a política muitas vezes caminham juntas. A escolha musical de Hitler não pode ser vista isoladamente, mas sim como parte de um contexto histórico e político que influenciou a arte e a cultura em todo o mundo. E mesmo hoje, décadas após o fim da Segunda Guerra Mundial, a discussão sobre a relação entre arte e política continua em voga, evidenciando como a história nos ensina lições importantes sobre a sociedade em que vivemos.